Os televisores antigos, CRT (entenda as siglas na imagem acima), ainda são os mais vendidos no Brasil. De 9,5 milhões de aparelhos que devem deixar as lojas em 2008, eles representam mais de 73%, com sete milhões de monitores. Entretanto, os mais modernos vêm aí com tudo e deverão ter suas vendas aumentadas em 130%. O preço é um determinante para essa diferença entre avançados e ultrapassados não ser ainda menor. Enquanto uma TV grandona de 29” sai, em média, por R$ 700, uma boa tela de plasma ou LCD de 32” custa, no mínimo, R$ 1.200.
O primeiro passo é descobrir, já que a hora de trocar o aparelho está chegando, qual o melhor televisor disponível. O Correio e pesquisadores do Laboratório de Processamento Digital de Sinais da Universidade de Brasília (UnB) testaram dois televisores recém-lançados, um de plasma, da LG, e outro de LCD, da Sony, para responder a essa pergunta. Para os doutorandos Bruno Machiavello, de 31 anos, Eduardo Peixoto, 25, e Edson Mintsu, 27, essa não é uma pergunta de uma só resposta. Foram verificadas a qualidade e a fidelidade das cores exibidas, o contraste, o ângulo de visão e o efeito de blur (que é o borrão deixado por imagens em movimento).
Para chegar a um veredicto, a reportagem utilizou os televisores Sony Bravia KLV-40V410A, que é de LCD e tem resolução de 1080 linhas, e um LG Plasma 42PG60D, com resolução de 720 linhas. Ambos foram cedidos pelos fabricantes para as análises. O primeiro tinha 40” e o segundo, 42”. Para medir a intensidade e a diversidade de cores emitidas pelos aparelhos, a equipe utilizou um colorímetro, que é preso à tela, dispara tons diferentes e mede como são exibidos. Nesse quesito, ponto para o plasma, que conseguiu um gamut (intervalo de cores que pode ser exibido ou impresso) maior que o LCD.
A tela de plasma ainda representou as cores com mais fidelidade. Os dois televisores foram colocados lado a lado para reproduzir uma mesma imagem contendo cores-padrão. Nesse caso, o LCD mostrou alguns tons distorcidos. “É importante notar, no entanto, que tal distorção só é perceptível em condição extrema, como a que foi testada. Em condições normais, a diferença na fidelidade das cores não é tão óbvia”, ratificam os especialistas. Ainda que os doutorandos façam essa ressalva, ponto para o plasma.
Mas a prova anterior também revelou a maior falha das telas de plasma. “Também foi verificado o efeito burn-in na tela, pois uma imagem fantasma persistiu mesmo após a exibição ter terminado.” Esse problema acaba desqualificando essa tecnologia para ser usada como monitor de computadores, por exemplo, já que eles reproduzem a mesma imagem por muito tempo, como as barras dos programas.
Com esse porém, a tela de plasma também pode complicar a vida dos gamers, já que alguns elementos dos jogos de videogames aparecem continuamente, mesmo com a mudança de fases ou de cenas. Assim, o jogador que estiver em um jogo de tiro em primeira pessoa, que tem sempre à vista o número de vidas e as armas disponíveis, por exemplo, acabará vendo esses detalhes depois de trocar de jogo. Mas a sobreposição de imagem, hoje, é temporária. Depois de algum tempo as próprias televisões removem as marcas da tela.
Um último teste, que poderia representar outra desvantagem para LCD, acabou demonstrando evolução da tecnologia. Os pesquisadores projetaram uma imagem com linhas verticais alternadas, pretas e brancas, bem finas (com 2 pixels cada). A intenção era verificar a partir de que posição o espectador deixaria de ver as coluna e passaria a perceber apenas um borrão cinza. O resultado mostrou que as pessoas sentadas quase que na mesma linha do aparelho (178º) não teriam esse problema.
Principais características apontadas:
LCD
- Mais leve
- Consume menos de energia
- Sofre menos com a luz ambiente
- Imagens em movimento podem deixar borrão
PLASMA
- Melhor contraste (1.000.000:1 contra 50.000:1 do LCD)
- Efeito burn-in (imagens constantes deixam marca mesmo quando deixam de aparecer)
- Maior consumo de energia
- Precisa de ambiente com pouca luz
Veja abaixo a evolução das TVs no mundo
Fonte: Correio Brasiliense
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Plasma x LCD - Por Pesquisadores da UNB
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário